O tornado que atingiu o estado do Paraná na última sexta-feira (8) continua a repercutir fora do Brasil. Jornais e emissoras estrangeiras descreveram o fenômeno, que provocou ventos superiores a 240 km/h, como um cenário de “devastação” e “destruição”.
Na edição de sábado (9), o New York Times destacou que o fenômeno arrancou telhados, deixou um rastro de escombros e matou pelo menos seis pessoas, número confirmado por autoridades do estado. O diário norte-americano citou o governador Ratinho Júnior e informou que dezenas de moradores ficaram feridos.
A emissora norte-americana CBS ressaltou os estragos em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, cidades onde houve registro de óbitos. Segundo a rede, mais de 750 pessoas — entre elas crianças e gestantes — foram atendidas em unidades de saúde; dez passaram por cirurgias e nove permanecem em estado grave.
No domingo (10), o argentino La Nación relacionou a tragédia à abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), marcada para esta segunda-feira (10) em Belém, no Pará. O jornal lembrou ainda as enchentes que, no ano passado, deixaram mais de 200 mortos e dois milhões de afetados no Rio Grande do Sul.
O espanhol El País também repercutiu o tornado, salientando que Rio Bonito do Iguaçu fica a cerca de 300 quilômetros das Cataratas do Iguaçu e a 3.200 quilômetros de Belém, sede da cúpula climática. A publicação afirmou que eventos climáticos extremos se tornaram mais frequentes com o aquecimento global e mencionou, como exemplo, as enchentes que atingiram o “estado do Rio Grande do Sul, também na região Sudeste”, apontando a proximidade geográfica com a área econômica mais desenvolvida do país.
Equipes de defesa civil seguem em campo para avaliar os estragos e prestar auxílio às famílias que perderam casas e pertences. Não há previsão para a conclusão dos trabalhos de limpeza e restabelecimento total dos serviços essenciais.
Com informações de Gazeta do Povo