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Tiroteio em celebração de Hanukkah deixa 15 mortos e leva Austrália a rever leis de armas

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Sydney – O governo australiano anunciou, nesta segunda-feira (15), que vai apertar as regras para porte de armas após o atentado de domingo (14) contra fiéis que celebravam o início do Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney. O ataque, considerado o mais letal no país em quase três décadas, provocou a morte de pelo menos 15 pessoas.

Segundo a polícia, dois homens armados com fuzis – identificados como pai e filho – abriram fogo contra a multidão reunida em um dos pontos turísticos mais movimentados da Austrália. As vítimas tinham entre 10 e 87 anos.

Investigações e resposta do governo

O primeiro-ministro Anthony Albanese classificou o episódio como “ataque terrorista antissemita” e prometeu que “ódio e violência não terão espaço” no país. Ele determinou a abertura de uma investigação federal e o endurecimento da legislação sobre armas de fogo.

A principal medida em estudo é a criação de um registro nacional de armas, que estabeleça limite de unidades por cidadão e tempo de validade das licenças. De acordo com autoridades locais, um dos atiradores possuía autorização para porte há 10 anos e mantinha ao menos seis armas registradas.

O pior ataque desde Port Arthur

O massacre em Bondi é o mais grave desde a chacina de Port Arthur, ocorrida em 1996, que impulsionou uma ampla reforma na política de controle de armas do país. É também o primeiro atentado mortal direcionado à comunidade judaica na Austrália, que registra aumento de casos de antissemitismo desde os ataques do Hamas, em 7 de outubro de 2023.

Comunidade judaica em foco

Bondi abriga uma das maiores concentrações de judeus na Austrália, que representam cerca de 0,4% da população nacional. A região conta com diversas sinagogas, escolas e organizações comunitárias, herdando a tradição de acolher sobreviventes do Holocausto logo após a Segunda Guerra Mundial.

A polícia mantém a investigação para esclarecer detalhes sobre a motivação dos autores e eventuais cúmplices, enquanto a segurança foi reforçada em locais de culto e eventos judaicos em todo o país.

Com informações de Gazeta do Povo