A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025, que agentes federais de imigração voltem a deter, na região de Los Angeles, pessoas suspeitas de permanecer no país de forma irregular. A medida derruba uma decisão provisória que havia proibido abordagens baseadas em critérios étnicos ou sem causa razoável.
Por seis votos a três, o tribunal atendeu a recurso apresentado pelo governo do presidente Donald Trump contra ordem expedida em julho pela juíza Maame Frimpong, da Corte do Distrito Central da Califórnia. A magistrada havia suspendido temporariamente as operações do Serviço de Imigração na área metropolitana de Los Angeles e em dois condados próximos, decisão depois mantida pelo Tribunal de Apelações do Nono Circuito.
A ação que levou à suspensão foi movida por imigrantes, cidadãos norte-americanos e organizações de direitos humanos. Eles alegam que as batidas iniciadas em janeiro resultaram em violações constitucionais e discriminação racial.
No parecer da maioria, o juiz Brett M. Kavanaugh afirmou que detenções baseadas em suspeita razoável de presença ilegal “são há décadas componente importante da aplicação das leis migratórias nos Estados Unidos”.
Em voto divergente, a juíza Sonia Sotomayor, falando pelas três integrantes do bloco progressista, declarou que “inúmeras pessoas na região de Los Angeles foram detidas, jogadas no chão e algemadas simplesmente por sua aparência, sotaque ou ocupação”, classificando a decisão da Suprema Corte como um possível “grave abuso” no uso de medidas de emergência.
Imagem: SHAWN THEW
Com a nova deliberação, os agentes de imigração podem retomar imediatamente as operações enquanto o processo segue tramitando nas instâncias inferiores. O resultado representa uma importante vitória para a Casa Branca, que defende uma política de deportações em larga escala.
Com informações de Gazeta do Povo