A SpaceX realizou na noite de terça-feira (26) o décimo voo-teste da Starship, considerada a maior nave espacial já construída. Pela primeira vez, o veículo levou carga útil ao espaço: oito protótipos de satélites da constelação Starlink.
O lançamento partiu de Boca Chica, no Texas (Estados Unidos), às 20h30 pelo horário de Brasília. A missão foi não tripulada. A tentativa anterior, em maio, falhou na liberação de cargas.
Após concluir a etapa de colocação dos satélites em órbita, a Starship pousou no Oceano Índico. No contato com a água, a estrutura pegou fogo; a empresa de Elon Musk ainda não explicou as causas. Nos ensaios anteriores, realizados em 2024 e no início de 2025, os pousos transcorreram sem incidentes.
Adiados antes da decolagem
O voo precisou ser remarcado duas vezes. No domingo (24), técnicos detectaram vazamento de oxigênio líquido na plataforma; na segunda-feira (25), o clima adverso impediu nova tentativa.
Próximas etapas
A Starship está escalada para integrar a missão Artemis III, da Nasa, prevista para setembro de 2026. A operação pretende reconduzir astronautas à Lua, algo que não ocorre desde a Apollo 17, em 1972.
Em paralelo, Musk mantém o objetivo de alcançar Marte. Em setembro de 2024, a SpaceX anunciou o envio de até cinco naves não tripuladas ao planeta vermelho até 2026 e estimou missões tripuladas quatro anos depois, caso os pousos iniciais sejam bem-sucedidos.
Imagem: Bruno Sznajderman
O empresário voltou a defender a colonização marciana em 21 de janeiro, durante um comício do então presidente Donald Trump, e reiterou críticas ao programa Artemis em fevereiro, chamando-o de “ineficiente”.
Recentemente, Musk apareceu usando camiseta com a frase “Nuke Mars”, slogan que ele promove desde 2015 e que chegou a virar produto oficial da SpaceX em 2019. A loja da empresa hoje oferece a estampa “Occupy Mars”.
Com a conclusão do 10º teste e a entrega dos primeiros satélites, a SpaceX avalia os dados para planejar os próximos lançamentos.
Com informações de Gazeta do Povo
