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Sarkozy começa a cumprir pena de cinco anos na penitenciária de La Santé por caixa 2 líbio

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Paris — O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy iniciou, na manhã desta terça-feira (21), o cumprimento da pena de cinco anos de prisão por financiamento ilegal da campanha eleitoral de 2007 com recursos do regime de Muammar Gaddafi.

Sarkozy chegou à penitenciária de La Santé, no 14º distrito de Paris, às 9h39 (4h39 em Brasília), escoltado em um carro preto. Emissoras de televisão acompanharam ao vivo o trajeto que começou na residência do ex-chefe de Estado, no 16º distrito.

Na saída de casa, por volta das 9h10, ele caminhou de mãos dadas com a esposa, Carla Bruni, e acompanhado dos filhos e irmãos. Apoiadores cantaram a Marselhesa e aplaudiram o ex-presidente, que governou a França de 2007 a 2012.

Ao entrar no presídio, ouviram-se gritos de “Bem-vindo, Sarkozy!” e “Sarkozy está aqui!”. Alguns curiosos perguntaram por Carla Bruni.

Mensagem nas redes sociais

Pouco antes de ser levado para a prisão, Sarkozy publicou uma nota afirmando ser “um homem inocente” e chamou o processo de “escândalo judicial”. “A verdade triunfará, mas o preço a pagar será devastador”, escreveu.

Defesa prepara habeas corpus

Um dos advogados, Christophe Ingrain, informou à BFMTV que um pedido de habeas corpus será apresentado “muito rapidamente”, alegando que “uma noite na prisão é demais”. Segundo ele, não há expectativa de tratamento especial; o pedido deve ser analisado em até um mês, período no qual Sarkozy permanecerá detido.

A defesa calcula que, se o recurso for aceito, o ex-presidente poderá passar o Natal em casa e aguardar em liberdade o julgamento da apelação marcado para março de 2026.

Condenação

Em 25 de setembro, a Justiça condenou Sarkozy por integrar “associação criminosa” e permitir que assessores negociassem com autoridades líbias para obter recursos para a campanha presidencial de 2007. Ele é o primeiro ex-chefe de Estado francês — e também dentro da União Europeia — a ser preso.

Durante o período de reclusão, o ex-mandatário pretende escrever sobre a experiência e, segundo ele, sobre a “injustiça” que afirma sofrer.

Com informações de Gazeta do Povo