O Ministério das Relações Exteriores da Rússia iniciou a retirada de familiares de seus diplomatas que atuam na Venezuela, informou a agência Associated Press (AP). A operação, que começou na sexta-feira, 19 de dezembro, envolve principalmente mulheres e crianças, segundo um oficial de inteligência europeu que falou sob condição de anonimato.
De acordo com a mesma fonte, autoridades russas descrevem a situação no país sul-americano em termos “muito sombrios”, o que motivou a saída preventiva dos parentes dos representantes diplomáticos.
A medida ocorre enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. Desde o fim de agosto, Washington conduz uma operação antinarcóticos no mar do Caribe e no oceano Pacífico, próximo à costa venezuelana. Trump afirmou que essas ações serão em breve complementadas por operações terrestres e declarou que “Maduro está com os dias contados”.
Na segunda-feira, 22 de dezembro, o chanceler venezuelano, Yván Gil, afirmou que a Rússia ofereceu “cooperação total” para enfrentar o bloqueio norte-americano a navios petroleiros venezuelanos. Ainda neste mês, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou por telefone com Maduro e reiterou o respaldo do Kremlin à “proteção dos interesses nacionais e da soberania” da Venezuela.
Trump acusa o líder venezuelano e membros do regime de envolvimento com o narcotráfico. O presidente norte-americano também declarou que Maduro teria estimulado a entrada de imigrantes ilegais nos EUA durante o governo Joe Biden (2021-2025). Nos últimos dias, contudo, o republicano passou a dizer que seu objetivo é recuperar petróleo que, segundo ele, teria sido “roubado” pelos venezuelanos.
Com informações de Gazeta do Povo
