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Roubo relâmpago no Louvre fecha museu e pressiona autoridades francesas

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O Museu do Louvre, em Paris, manteve as portas fechadas nesta segunda-feira (20) após um assalto realizado no fim de semana que retirou joias de valor histórico incalculável da coleção da coroa francesa. A ação, que durou cerca de sete minutos, envolveu quatro ladrões mascarados, duas motocicletas e um caminhão equipado com elevador de carga.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, classificou o episódio como um “fracasso” das autoridades e admitiu que o crime “prejudica a imagem” do país. O presidente Emmanuel Macron chamou o roubo de “ataque ao patrimônio” e afirmou estar convicto de que as peças e os responsáveis serão localizados.

Como foi o assalto

Por volta das 9h30 de domingo (19), dois integrantes da quadrilha usaram o guindaste acoplado ao caminhão para alcançar uma janela da galeria Apollo, no primeiro andar do museu, voltada para o rio Sena. Após quebrar o vidro com uma lâmina de corte, eles invadiram o local e destruíram duas vitrines que abrigavam joias da realeza francesa. Na fuga, os criminosos voltaram pelo mesmo caminho, embarcaram nas motocicletas e desapareceram pelas ruas próximas.

Peças subtraídas

Segundo o Ministério Público francês, nove joias foram levadas. Durante a fuga, porém, uma delas — a coroa da imperatriz Eugenia de Montijo, criada em 1855 e cravejada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas — caiu e foi recuperada. Permanecem desaparecidos:

  • Tiara pertencente às rainhas Marie-Amélia e Hortense;
  • Colar de safiras do mesmo conjunto das rainhas;
  • Um brinco de safiras do conjunto;
  • Colar de esmeraldas da rainha Marie-Louise;
  • Par de brincos de esmeraldas de Marie-Louise;
  • Broche relicário da coleção real;
  • Tiara da imperatriz Eugenia;
  • Broche da imperatriz Eugenia.

Investigação

Cerca de 60 investigadores trabalham para identificar e prender os assaltantes. As autoridades acreditam que se tratava de profissionais bem preparados, pois não houve disparos nem feridos. Entre as hipóteses em análise estão encomenda de colecionador e revenda separada das pedras preciosas. A promotora parisiense Laure Beccuau não descarta participação estrangeira, mas essa não é a principal linha de investigação.

O último furto registrado no Louvre ocorreu em 1998, quando uma obra de Camille Corot desapareceu e jamais foi recuperada. O caso mais famoso, porém, data de 1911, quando Vincenzo Peruggia levou a “Mona Lisa” e a manteve escondida por dois anos.

Com o museu fechado para reforço de segurança e perícia, a polícia intensifica buscas na capital francesa enquanto o governo promete recuperar as joias e restaurar a confiança na proteção do patrimônio nacional.

Com informações de Gazeta do Povo