O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou sem resultado, nesta segunda-feira (29), a reunião na Casa Branca com líderes republicanos e democratas do Congresso destinada a aprovar um financiamento emergencial e impedir a interrupção de serviços federais.
O prazo final para votação do projeto de crédito provisório expira às 23h59 desta terça-feira (30). Caso o texto não seja aprovado pelo Congresso e sancionado por Trump, milhares de servidores serão afastados temporariamente, enquanto órgãos federais suspenderão atividades essenciais.
Impasses sobre subsídios de saúde
O ponto central do impasse envolve os subsídios de saúde criados após a pandemia, que oferecem descontos em planos a famílias de baixa e média renda e expiram no fim do ano. Os democratas exigem a prorrogação imediata desses benefícios dentro do pacote de sete semanas; já republicanos, apoiados por Trump, defendem que o tema seja debatido somente no orçamento anual.
“Diferenças significativas permanecem entre os dois lados”, afirmou Hakeem Jeffries, líder democrata na Câmara.
Trâmite no Congresso
O projeto já passou na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, e agora depende do Senado. Para avançar na Casa Alta, são necessários 60 votos. Como os republicanos não dispõem desse número, precisam do apoio de ao menos oito democratas, que até o momento resistem a aprovar o texto sem a inclusão dos subsídios.
Vice-presidente culpa oposição
Após a reunião, o vice-presidente J.D. Vance responsabilizou os democratas pelo risco de paralisação. “Acho que estamos caminhando para uma paralisação porque os democratas não querem fazer a coisa certa”, declarou. Vance admitiu, porém, que algumas propostas da oposição “são razoáveis”, mas ponderou que o debate deve prosseguir com o governo funcionando.
Se não houver acordo, os Estados Unidos enfrentarão uma paralisação parcial que atinge diretamente trabalhadores federais, compromete serviços públicos e pode repercutir na economia do país.
Com informações de Gazeta do Povo