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Putin propõe a Trump prolongar por um ano o último acordo de controle nuclear entre EUA e Rússia

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu nesta segunda-feira (22.set.2025) que Estados Unidos e Rússia mantenham por mais um ano o New START (START III), único tratado de desarmamento nuclear ainda em vigor entre as duas potências e com data de expiração prevista para 5 de fevereiro de 2026.

Em reunião televisionada do Conselho de Segurança russo, Putin declarou que Moscou “está disposta, após 5 de fevereiro de 2026, a continuar por um ano cumprindo as limitações previstas pelo START III”, desde que Washington adote postura idêntica e evite “qualquer passo que mine ou destrua a atual equivalência dos potenciais de dissuasão”.

O líder russo classificou como “equivocada” e “míope” a possibilidade de os Estados Unidos abandonarem definitivamente o tratado firmado em abril de 2010 pelos então presidentes Barack Obama e Dmitri Medvedev. Segundo ele, o fim do acordo prejudicaria, inclusive, os objetivos do Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Putin sustentou que a extensão temporária ajudaria a preservar o “status quo” e a evitar uma nova corrida armamentista, além de criar “atmosfera favorável” para retomar o diálogo estratégico estagnado com Washington. Ele ordenou que órgãos competentes analisem “de forma escrupulosa” as ações norte-americanas em defesa antimísseis, arsenais estratégicos e eventual implantação de armamentos no espaço.

O chefe do Kremlin advertiu que movimentos considerados desestabilizadores por parte dos EUA “poderão anular nossos esforços para manter o status quo” e prometeu reação “adequada” com “medidas técnico-militares”.

Em fevereiro de 2023, Moscou suspendeu sua participação no tratado — sem abandoná-lo formalmente —, barrando inspeções ocidentais em instalações nucleares russas. Desde então, o governo tem reiterado que o tempo para renovar o acordo se aproxima do limite.

O New START estabelece teto de 1.550 ogivas estratégicas e 700 sistemas balísticos (em terra, mar ou ar) para cada lado. Sem novo entendimento, essas restrições cairão assim que o pacto expirar.

Com informações de Gazeta do Povo