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Putin diz que se reunirá com Zelensky apenas em Moscou; Ucrânia descarta proposta

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, que está disposto a encontrar o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, desde que a reunião ocorra em Moscou. A declaração foi feita durante entrevista coletiva em Pequim, onde Putin participou das comemorações pelo 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia.

“Se Zelensky estiver preparado para se reunir, que venha a Moscou e o encontro acontecerá”, disse o chefe do Kremlin, diante de jornalistas russos. A coletiva foi transmitida ao vivo pela televisão estatal.

Putin revelou ter recebido um pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que se reunisse com o líder ucraniano. “Donald me pediu para realizar tal encontro, se fosse possível. Respondi que sim, é possível”, contou.

O dirigente russo afirmou que nunca descartou um encontro com Zelensky, mas questionou a utilidade de uma reunião nesse momento. Ele também pôs em dúvida a legitimidade do presidente ucraniano, que permanece no cargo após o término do mandato original devido à vigência da lei marcial em meio ao conflito.

Sobre as negociações de paz, Putin disse estar satisfeito com o trabalho do atual chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, mas declarou que Moscou está aberta a elevar o nível de representação, caso necessário.

Reação de Kiev

Horas depois, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, classificou como “inaceitável” a condição imposta por Putin. Em publicação na rede X, Sybiha afirmou que pelo menos sete países — Áustria, Vaticano, Suíça, Turquia e três nações do Golfo Pérsico — demonstraram disposição para sediar uma eventual cúpula entre os dois líderes.

Sybiha reforçou que Zelensky está pronto para se encontrar com Putin “a qualquer momento” em qualquer um desses locais, mas acusou o governante russo de “enrolar” ao apresentar propostas que sabe serem inviáveis. O chanceler ucraniano disse ainda que somente o aumento da pressão internacional levará Moscou a considerar seriamente o processo de paz impulsionado pelos Estados Unidos.

Com informações de Gazeta do Povo