Jacarta – A Indonésia enfrenta distúrbios desde segunda-feira (25) após o anúncio de um aumento salarial de 33% para os 580 parlamentares do país, medida que eleva a remuneração média mensal para cerca de 230 milhões de rúpias (aproximadamente US$ 14 mil).
Os protestos, registrados em várias cidades, resultaram em depredações, veículos incendiados e ataques a delegacias. Em Makassar, na noite de sexta-feira (29), manifestantes lançaram coquetéis molotov contra um prédio governamental, provocando um incêndio que matou três pessoas e deixou cinco feridos, segundo a Agência Regional de Gestão de Desastres (BPBD). As vítimas ficaram presas em uma sala; alguns dos feridos pularam do andar superior para escapar das chamas, informou o chefe do órgão, M. Fadli.
Na capital, Jacarta, manifestantes queimaram carros próximos a um quartel da polícia, atacaram ao menos cinco delegacias e invadiram a residência do deputado Ahmad Sahroni, em Tanjung Priok, onde portão, cofres e pertences pessoais foram saqueados, relatam testemunhas.
A tensão cresceu após a morte de um motorista do aplicativo GoJek, atropelado por uma viatura policial durante um ato. O chefe da Polícia Nacional, Listyo Sigit Prabowo, afirmou que há “escalada de atos anárquicos” envolvendo incêndios e depredações de prédios públicos em diferentes regiões.
Diante da crise, o presidente Prabowo Subianto cancelou viagem oficial a Pequim, onde participaria do desfile do Dia da Vitória em 3 de setembro. A decisão foi anunciada neste sábado (30) pelo porta-voz presidencial, Prasetyo Hadi.
Imagem: Gazeta do Povocom agência EFE
Manifestantes exigem a revogação do reajuste e até a dissolução da Câmara instalada em outubro de 2024, alegando que o novo salário é incompatível com a situação econômica da população.
Com informações de Gazeta do Povo
