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Protesto em Madri leva 80 mil às ruas contra governo Sánchez após prisão de ex-ministro

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Dezenas de milhares de pessoas ocuparam o centro de Madri neste domingo, 30 de novembro de 2025, para protestar contra o governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez. Segundo os organizadores, cerca de 80 mil manifestantes responderam ao chamado do conservador Partido do Povo (PP) e caminharam até o Templo de Debod sob o lema “Isto é tudo: máfia ou democracia?”.

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, discursou à multidão e classificou a administração de Sánchez como insustentável. “Sanchismo é corrupção política, econômica, institucional, social e moral”, afirmou. “Sanchismo está na prisão e precisa sair do governo”, completou.

Escândalo de corrupção

A mobilização ocorreu três dias depois da prisão de dois ex-integrantes do alto escalão do governo espanhol. O ex-ministro dos Transportes José Luis Ábalos e seu ex-assessor direto Koldo García foram detidos pela Justiça sob suspeita de envolvimento em contratos irregulares para a compra de máscaras durante a pandemia de covid-19.

O caso, batizado de “Koldo”, é conduzido pelo juiz Leopoldo Puente, que apontou “risco extremo de fuga” para estabelecer a prisão preventiva dos investigados. De acordo com a agência EFE, Ábalos pode enfrentar penas de até 24 anos de prisão. O magistrado destacou indícios de que o ex-ministro movimentou grandes quantias em dinheiro vivo nos últimos anos, o que reforçaria a suspeita de que teria meios para deixar o país.

O Ministério Público Anticorrupção havia solicitado o endurecimento das medidas cautelares contra os dois réus, pedido acolhido pelo tribunal na quinta-feira anterior.

Trajetória de Pedro Sánchez

Pedro Sánchez chegou ao poder em 2018 após liderar um voto de desconfiança que derrubou o então primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy, também envolvido em acusações de corrupção. Desde então, o líder socialista enfrenta críticas recorrentes da oposição, agora intensificadas pelas prisões de aliados próximos.

A manifestação deste domingo foi a maior contra o governo desde o início da atual legislatura e ampliou a pressão sobre Sánchez em meio ao avanço das investigações.

Com informações de Gazeta do Povo