O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, comunicou nesta segunda-feira, 7 de setembro de 2025, que renuncia à presidência do Partido Liberal Democrata (PLD) e, por consequência, ao posto de chefe de governo. A decisão foi tomada poucas semanas depois de o PLD e seus aliados perderem a maioria na Câmara Alta nas eleições parciais de 20 de julho, resultado que intensificou a pressão interna pela sua saída.
Ishiba já vinha sendo alvo de críticas desde as eleições gerais de outubro do ano passado, quando a coalizão governista perdeu o controle da Câmara Baixa e passou a governar em minoria. A renúncia acontece na véspera de uma reunião partidária que definiria se as primárias para a escolha de um novo líder seriam antecipadas.
Conquistas durante a gestão
Durante seu curto período no poder, Ishiba destacou:
- acordo comercial com os Estados Unidos que reduziu em 15% as tarifas sobre veículos japoneses;
- reajuste recorde do salário mínimo nacional;
- aprovação de um orçamento voltado ao combate da inflação.
Em questões de segurança, o premiê manifestou preocupação com a aproximação entre Coreia do Norte, Rússia e China e defendeu que o Japão fortaleça sua capacidade de dissuasão e reforce a aliança com os Estados Unidos.
Sucessão no PLD
Com a saída de Ishiba, o PLD realizará eleições internas para escolher o próximo presidente, que assumirá automaticamente o cargo de primeiro-ministro. As pesquisas apontam como favoritos:
Imagem: Agência EFE
- Sanae Takaichi, ex-ministra da Segurança Econômica;
- Shinjiro Koizumi, atual ministro da Agricultura.
Ishiba confirmou que não participará da disputa. A escolha do novo líder deverá ocorrer nas próximas semanas, em meio a desafios econômicos e de segurança que permanecem no horizonte do país.
Com informações de Gazeta do Povo