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Porta-voz brasileiro das FDI acusa ONU de “obsessão” contra Israel e rebate denúncia de genocídio

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Jerusalém, 18 set. 2025 – O major Rafael Rozenszajn, primeiro porta-voz em português das Forças de Defesa de Israel (FDI), afirmou que a recente conclusão de uma comissão da ONU sobre suposto genocídio em Gaza “nasceu de uma obsessão do Conselho de Direitos Humanos contra Israel”. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao jornal Gazeta do Povo.

“Mais de 60% das resoluções do Conselho são contra Israel”

Segundo Rozenszajn, o órgão da ONU que instituiu a comissão exibe “um padrão sem precedentes” de condenações ao Estado judeu: “Somadas, as resoluções contra Irã, Coreia do Norte e Venezuela não chegam à metade das que miram Israel”, comparou o oficial.

Guerra em Gaza: metas e balanço de baixas

O porta-voz reiterou que a atual ofensiva terrestre na Cidade de Gaza tem três objetivos: resgatar 48 reféns ainda em poder do Hamas, destruir a capacidade militar do grupo e impedir que a facção continue controlando o território. Ele citou números divulgados pelos próprios palestinos para contestar a acusação de genocídio. Dos “55 a 60 mil mortos” anunciados pelo Hamas, disse, 25 mil seriam combatentes, outros 10 mil mortes naturais e o restante civis. “A proporção em guerras urbanas costuma ser de nove civis para cada combatente; em Gaza é de menos de um”, afirmou.

Rozenszajn destacou ações que, segundo ele, minimizam danos a não combatentes, como 150 mil ligações telefônicas a moradores pedindo evacuação, nove milhões de panfletos e criação de corredores e pausas humanitárias.

Brasileiro no posto pela primeira vez

Nascido em Petrópolis (RJ) e neto de sobrevivente do Holocausto, Rozenszajn contou que as FDI decidiram nomear um porta-voz lusófono após o início da guerra de 7 de outubro de 2023. “O Exército percebeu a relevância do Brasil, cuja população, em grande parte, não acompanha notícias em inglês e presidia o Conselho de Segurança da ONU naquele momento”, explicou.

Relações Brasil-Israel

Questionado sobre o atrito diplomático provocado pela fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – declarado persona non grata em Israel após comparar a ofensiva em Gaza ao Holocausto – Rozenszajn limitou-se a dizer que espera “melhores dias” entre os dois países. “Tenho gratidão ao Brasil, que recebeu meu avô após Auschwitz”, lembrou.

No plano jurídico internacional, o major criticou a adesão brasileira à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça que acusa Israel de genocídio: “Se já há um processo na CIJ, por que criar outra comissão? É mais um sinal de perseguição”, apontou.

Com informações de Gazeta do Povo