Cerca de 150 manifestantes foram presos neste sábado, 6 de setembro de 2025, durante um protesto em Londres em defesa do coletivo Palestine Action, classificado pelo governo britânico como organização terrorista desde julho. A Scotland Yard informou que os detidos descumpriram a legislação antiterrorismo ao expressarem apoio público a um grupo proscrito.
Em nota, a polícia explicou que houve “esforço coordenado” para impedir a atuação dos agentes, incluindo agressões físicas e verbais. Várias prisões ocorreram por ataques a policiais, que chegaram a ser alvo de garrafas de água quando tentavam conter a multidão.
Segundo os organizadores, aproximadamente 1,5 mil pessoas se reuniram na Praça do Parlamento. A concentração principal foi descrita como pacífica, mas confrontos e episódios de violência se espalharam pelas ruas próximas quando alguns participantes resistiram às detenções.
Cartazes com mensagens como “Oponho-me ao genocídio, apoio a Palestine Action” foram erguidos, e palavras de ordem hostis às forças de segurança ecoaram pelo centro da capital britânica. Representantes do grupo Familiares de Sobreviventes do Holocausto também marcaram presença, condenando ações de Israel contra palestinos.
Entre os manifestantes havia idosos e pessoas com deficiência; alguns se recusaram a deixar o local quando solicitados. Em paralelo, outro ato reuniu centenas de pessoas na Praça Russell, convocado pela Campanha de Solidariedade à Palestina e pelo movimento Parar a Guerra. Mobilizações semelhantes estavam previstas em Belfast (Irlanda do Norte) e Edimburgo (Escócia).

Imagem: Agência Efe
Grupo proibido em julho
O Palestine Action foi banido pelo Reino Unido após reivindicar danos a aeronaves militares e bloqueios contra instalações da empresa israelense de defesa Elbit Systems. Desde então, mais de 138 pessoas já foram processadas por apoiar o coletivo. O Ministério do Interior anunciou que pretende recorrer de decisão judicial que autorizou a organização a contestar a proibição.
Com informações de Gazeta do Povo