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Petro acusa EUA de ataques no Caribe e defende ação penal contra Trump na ONU

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NOVA YORK, 23 set. 2025 – Em seu último pronunciamento na Assembleia Geral da ONU antes de deixar o cargo em agosto de 2026, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez severas críticas aos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump. O discurso ocorreu nesta terça-feira (23) e concentrou-se nos recentes ataques da Marinha norte-americana a embarcações no Caribe.

Segundo Petro, os mísseis disparados contra barcos próximos à costa da Venezuela atingiram “jovens pobres caribenhos, possivelmente colombianos”. Para o chefe do Executivo colombiano, as ações teriam sido autorizadas diretamente por Trump. “Se eram colombianos, deve-se abrir processo penal contra esses funcionários dos Estados Unidos, incluindo o funcionário maior que deu a ordem”, declarou.

O presidente afirmou que, ainda que as embarcações transportassem carga ilícita, “não eram narcotraficantes, mas jovens que tentavam escapar da pobreza”. Ele classificou a guerra às drogas como um instrumento de “dominação dos povos do sul”, e não de combate à cocaína que chega ao mercado norte-americano.

Petro também rechaçou a inclusão da facção venezuelana Tren de Aragua na lista de organizações terroristas de Washington. “Mentira que o Tren de Aragua é terrorista; são delinquentes comuns engrandecidos pela estúpida ideia de bloquear a Venezuela e se apropriar do seu petróleo pesado”, afirmou.

Diante das acusações, três integrantes da delegação dos EUA deixaram o plenário. Petro ainda responsabilizou a política externa norte-americana por fluxos migratórios, chamando os bloqueios econômicos a países como Iraque, Irã, Cuba e Venezuela de “genocídio”.

O discurso incluiu críticas à ofensiva israelense em Gaza. O presidente colombiano defendeu uma reforma “radical” na ONU e propôs a criação de um “exército poderoso” de nações contrárias ao “genocídio” para “libertar a Palestina”. Citando Simón Bolívar, concluiu: “É a hora da espada, da liberdade ou morte”.

Com informações de Gazeta do Povo