O Peru declarou estado de emergência por 60 dias em três distritos da região de Tacna, na fronteira com o Chile, e autorizou o emprego das Forças Armadas em apoio à Polícia Nacional para reforçar a segurança fronteiriça.
O decreto, publicado em edição especial do Diário Oficial nesta sexta-feira (28), foi anunciado pelo presidente interino José Jerí em suas redes sociais. As áreas afetadas são os distritos de Palca, Tacna e La Yarada-Los Palos.
“Feito. Declaração de Estado de Emergência em Tacna. Isso inicia o destacamento das Forças Armadas para proteger nossas fronteiras ao lado da Polícia Nacional”, escreveu Jerí.
A medida restringe, durante o período de vigência, direitos relativos à inviolabilidade de domicílio, liberdade de circulação, reunião e segurança pessoal. Eventos religiosos, culturais ou esportivos de grande público deverão obter autorização prévia das autoridades.
Objetivo é conter crime e imigração irregular
Segundo o governo, o estado de emergência busca combater delitos como tráfico de pessoas, drogas, armas e celulares, além de impedir a entrada irregular de estrangeiros. O Ministério Público e o Judiciário terão operações reforçadas na região.
A decisão foi tomada após a chegada de dezenas de migrantes sem documentos ao posto de fronteira chileno-peruano. Impedidos de ingressar no território peruano, eles bloquearam a Rodovia Pan-Americana Sul, provocando longa fila de caminhões e ônibus de ambos os lados.
Migrantes ouvidos pela emissora Canal N afirmaram que pretendem voltar aos países de origem depois de deixar o Chile, onde as regras de imigração ficaram mais rígidas.
O ministro do Interior, Vicente Tiburcio, deslocou-se a Tacna para supervisionar o envio de policiais e militares aos postos de controle de Santa Rosa e Francisco Bolognesi.
Com informações de Gazeta do Povo