06/11/2025 — A crise política nos Estados Unidos e a resposta da Rússia dominaram o noticiário internacional desta quinta-feira (6). A paralisação do governo norte-americano reduzirá em 10% as operações de 40 aeroportos, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou estudos para possíveis testes nucleares após anúncio feito pelo ex-presidente Donald Trump.
EUA: impactos da paralisação e embates políticos
A interrupção de verbas federais atingirá diretamente 40 terminais aéreos norte-americanos, que deverão operar com 10% de capacidade a menos. Paralelamente, juízes de perfil conservador na Suprema Corte questionaram tarifas impostas por Trump durante seu mandato.
No âmbito estadual, a Califórnia aprovou uma medida destinada a reduzir a representação republicana na Câmara, decisão criticada publicamente por Trump. Já em Nova York, um político de orientação socialista radical venceu a eleição para a prefeitura.
Rússia, China e Coreia do Norte movimentam tabuleiro geopolítico
Em Moscou, Putin mandou especialistas avaliarem a necessidade de novos testes com armas nucleares, reação direta a declarações recentes de Trump. Na Ásia, a China suspendeu por 12 meses uma tarifa adicional de 24% que incidia sobre produtos norte-americanos, enquanto a Coreia do Norte reforçou seu apoio ao Kremlin enviando mais 5 000 soldados à Rússia.
Venezuela aposta em criptomoedas para contornar sanções
O governo de Nicolás Maduro anunciou que expandirá o uso de criptomoedas como alternativa ao sistema financeiro tradicional, numa tentativa de driblar restrições impostas por sanções internacionais. Além disso, o chavismo aprovou um mecanismo que permite denunciar cidadãos que “não pareçam venezuelanos”.
Tensões diplomáticas e declarações cruzadas
Maduro elogiou um pronunciamento do presidente Lula em que o brasileiro criticou ataques dos EUA no Caribe. Nos Estados Unidos, um advogado de Trump acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de cometer “acrobacias legais”.
Em Israel, um ministro chamou o professor Mamdani de “aliado do Hamas” e afirmou que judeus poderiam deixar Nova York em função de suas posições.
As declarações e medidas adotadas pelos diferentes governos elevam o clima de incerteza em meio a disputas internas nos EUA e tensões geopolíticas envolvendo Rússia, China, Coreia do Norte e Venezuela.
Com informações de Gazeta do Povo