Vários governos árabes e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram, nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, o ataque conduzido por Israel em Doha, capital do Catar, que mirou a direção política do Hamas.
ONU vê violação de soberania
O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou a ofensiva como “flagrante violação da soberania” e da integridade territorial do Catar. Ele apelou para que todas as partes envolvidas no conflito de Gaza trabalhem em prol de um cessar-fogo permanente.
Reação conjunta da Liga Árabe
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, descreveu o bombardeio como “completamente inaceitável”. Segundo o porta-voz da organização, Yamal Rushdi, os 22 países do bloco apoiam qualquer medida que Doha considere necessária para assegurar sua própria segurança.
Declarações individuais dos países
• Arábia Saudita – O príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman manifestou solidariedade ao emir Sheikh Tamim Al Thani e qualificou a ação israelense como “ato criminoso”, afirmando que Riad mobilizará todos os meios para apoiar o Catar.
• Emirados Árabes Unidos – O ministro das Relações Exteriores, Abdullah bin Zayed, declarou “total solidariedade com o querido Catar”.
• Jordânia – O chanceler Ayman Safadi alertou que o ataque representa “séria ameaça” à segurança dos catarianos e disse que Israel continuará sua “brutalidade” se o Conselho de Segurança da ONU não agir.
• Kuwait – O governo afirmou que o bombardeio viola todas as normas internacionais e cobrou do Conselho de Segurança a manutenção da paz.
Imagem: ALEXEI NIKOLSKY
• Iraque – Bagdá classificou a operação como “covarde” e declarou apoio total a Doha.
Hamas diz que liderança sobreviveu
Fontes do Hamas informaram à agência Reuters que a delegação política baseada em Doha escapou ilesa, incluindo o principal negociador do grupo, Khalil al-Hayya. Moradores relataram várias explosões e colunas de fumaça preta próximas a um complexo residencial perto de um posto de combustíveis.
Israel fala em ataque “preciso”
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter realizado uma “ação precisa” contra a “liderança sênior do Hamas”, sem divulgar quem teria sido eliminado.
Até o momento, não há confirmação oficial de vítimas.
Com informações de Gazeta do Povo