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Sob pressão de Trump, Nigéria e EUA acertam força-tarefa para conter ataques a cristãos

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Washington (EUA) — Após ser alvo de críticas públicas do presidente norte-americano Donald Trump, a Nigéria e os Estados Unidos fecharam um acordo de cooperação em segurança para enfrentar a violência contra comunidades cristãs no país africano.

A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (24) pelo porta-voz da presidência nigeriana, Bayo Onanuga, na rede X. Segundo ele, “as reuniões da semana passada com autoridades dos EUA vão reforçar as parcerias de segurança e abrir novos caminhos para proteger os cidadãos nigerianos”.

A delegação de Abuja foi liderada pelo Conselheiro de Segurança Nacional, Mallam Nuhu Ribadu, e incluiu o Procurador-Geral e ministro da Justiça, Lateef Fagbemi, além do Chefe do Estado-Maior, general Olufemi Olatunbosun Oluyede. O grupo manteve encontros com integrantes do Congresso, do Departamento de Estado, do Conselho de Segurança Nacional, do Escritório de Assuntos Religiosos da Casa Branca e do Departamento de Defesa. Uma foto divulgada pela comitiva mostra o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth.

De acordo com o governo nigeriano, Washington se comprometeu a ampliar o share de inteligência, acelerar pedidos de equipamentos militares e avaliar o envio de material de defesa excedente. Também foram discutidos auxílio humanitário para regiões afetadas e suporte técnico aos mecanismos de alerta precoce contra ataques terroristas.

Os dois países acertaram ainda a criação imediata de um Grupo de Trabalho Conjunto para coordenar ações e implementar uma estrutura de cooperação não vinculativa.

Durante as reuniões, a delegação nigeriana rejeitou a acusação de cumplicidade em “assassinatos seletivos de cristãos” feita por Trump no início do mês. O governo africano destacou que “a violência atinge famílias de diferentes religiões e grupos étnicos”.

As tratativas ocorreram depois de o presidente dos EUA afirmar que ordenara ao Pentágono preparativos para uma “possível ação” na Nigéria contra “terroristas islâmicos”. Na mesma ocasião, Trump classificou o país como “nação de particular preocupação” por supostas violações à liberdade religiosa.

Desde 2009, a região nordeste da Nigéria é alvo de ataques do Boko Haram, situação que se agravou a partir de 2016 com o surgimento do Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP).

Com informações de Gazeta do Povo