Jerusalém, 27 de outubro de 2025 — O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (26) que apenas o governo israelense definirá quais nações poderão integrar a futura missão internacional encarregada de monitorar o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Estamos no controle da nossa segurança e deixamos claro que Israel determinará quais forças são inaceitáveis para nós. É assim que operamos e continuaremos a operar”, declarou Netanyahu durante reunião do gabinete em Jerusalém, de acordo com a agência Reuters.
O cessar-fogo em vigor há duas semanas foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como parte de um plano mais amplo que prevê a reconstrução e a desmilitarização do território palestino. Washington já descartou enviar tropas americanas, mas busca formar o contingente internacional com países de maioria muçulmana e aliados regionais, entre eles Egito, Indonésia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Catar e Azerbaijão.
Segundo Netanyahu, autoridades de alto escalão do governo Trump reconheceram que Israel terá a palavra final sobre a presença de soldados estrangeiros em Gaza. Fontes americanas ouvidas pela Reuters e pela NBC News informaram que diversas nações manifestaram interesse em participar da operação, mas apontaram que a inclusão da Turquia é improvável devido ao atual rompimento diplomático entre Ancara e Tel Aviv, agravado desde o início das operações israelenses contra o Hamas.
O principal obstáculo para a próxima fase do acordo permanece sendo a recusa do Hamas em depor armas — condição considerada fundamental por Israel e pelos Estados Unidos para a implementação completa do plano.
Com informações de Gazeta do Povo