Jerusalém, 11 set. 2025 – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o Catar remova de seu território ou entregue à Justiça os dirigentes do Hamas. Em mensagem em vídeo divulgada nesta quinta-feira (11), o premiê advertiu que, se Doha não tomar essa providência, Israel fará isso por conta própria.
“Digo ao Catar e a todas as nações que abrigam terroristas: expulsem-nos ou levem-nos aos tribunais, porque, se não o fizerem, nós o faremos”, declarou Netanyahu, segundo o jornal The Times of Israel.
A ameaça ocorre dois dias após as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearem, na terça-feira (9), o quartel-general político do Hamas em Doha. O grupo islamista informou que cinco de seus integrantes morreram, mas negou que fossem membros da alta liderança.
Comparação com o 11 de Setembro
No vídeo, Netanyahu associou a ofensiva contra o Hamas à postura dos Estados Unidos após os atentados de 11 de Setembro de 2001. “O que os Estados Unidos fizeram após o 11 de Setembro? Prometeram caçar os terroristas onde quer que estivessem”, lembrou. Ele citou ainda a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU duas semanas depois dos ataques, que proíbe países de oferecer refúgio a terroristas.
“Estamos fazendo exatamente o que os EUA fizeram quando perseguiram a Al-Qaeda no Afeganistão e mataram Osama bin Laden no Paquistão”, acrescentou o chefe de governo israelense.
Reações internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o bombardeio em Doha, aliado de Washington e mediador nas negociações entre Israel e Hamas. Para Trump, a ação “não promove os objetivos” dos EUA ou de Israel, embora considere “nobre” a meta de eliminar o grupo extremista.
Imagem: Ren Zvulun
O primeiro-ministro catariano, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, qualificou o ataque como “terrorismo de Estado” e afirmou que o país “se reserva o direito de responder”.
Além do Catar, países árabes e a Organização das Nações Unidas condenaram a investida israelense contra a liderança do Hamas em território catariano.
Com informações de Gazeta do Povo