Dezenas de estrangeiros em situação irregular atravessaram a fronteira entre Chile e Peru na manhã desta segunda-feira (1º), apesar do estado de emergência em vigor na região peruana de Tacna. Segundo veículos de imprensa locais, os migrantes romperam a barreira de segurança instalada no ponto de passagem e caminharam até o posto de controle de Santa Rosa para registrar a entrada no país.
Testemunhas relataram que muitos carregavam crianças e bagagens enquanto corriam, contornando o esforço de poucos policiais que tentaram bloquear a passagem. Após cruzar o limite territorial, o grupo formou longas filas no guichê de imigração.
Na sexta-feira (28), o governo peruano havia anunciado o envio de 50 militares para reforçar a vigilância na fronteira. Contudo, ainda de acordo com a imprensa peruana, nenhum desses soldados foi visto no local no momento da travessia, ocorrida por volta do meio-dia (horário local).
O estado de emergência, decretado para vários distritos de Tacna, autoriza o apoio das Forças Armadas às ações policiais diante do aumento de migrantes retidos na fronteira. Mesmo assim, a ausência de militares facilitou a entrada em massa registrada nesta segunda-feira.
Alguns dos migrantes afirmaram a repórteres que pretendem retornar aos seus países de origem depois de deixar o Chile, alegando dificuldades decorrentes do endurecimento das políticas migratórias chilenas.
No sábado (29), o presidente interino do Peru, José Jerí, anunciou que solicitará ao Congresso prioridade para uma reforma constitucional que permita às Forças Armadas assumir diretamente a vigilância das fronteiras, iniciativa apontada pelo governo como resposta à crescente pressão migratória.
Com informações de Gazeta do Povo
