Roma — A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, apelou nesta quarta-feira (1º) aos integrantes da flotilha Global Sumud (GSF) — da qual faz parte a ativista sueca Greta Thunberg — para que abandonem a tentativa de furar o bloqueio marítimo de Israel e chegar à Faixa de Gaza.
Meloni argumentou que a investida pode atrapalhar o plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a reconstrução do enclave palestino. “Receio que a tentativa da flotilha de romper o bloqueio naval de Israel possa servir de pretexto para prejudicar a esperança de um acordo que coloque fim à guerra e ao sofrimento da população civil palestina”, escreveu a premiê na rede social X, acrescentando que “é hora de seriedade e responsabilidade”.
Segundo a chefe de governo, qualquer ação que contrarie o bloqueio israelense “corre o risco de se tornar um obstáculo que prejudica, principalmente, o povo de Gaza”.
Acompanhamento naval limitado
O Ministério da Defesa italiano anunciou na terça-feira (30) que os navios da Marinha do país deixarão de escoltar a flotilha quando ela estiver a cerca de 240 quilômetros da costa. A Espanha, que também acompanhou parte do trajeto dos ativistas, informou que não ingressará na zona de exclusão imposta por Israel.
Flotilha em “zona de alto risco”
Durante a madrugada desta quarta (1º), a Global Sumud comunicou ter entrado na chamada “zona de alto risco”, área onde forças israelenses já interceptaram embarcações em ocasiões anteriores. De acordo com a emissora pública israelense Kan, as Forças de Defesa de Israel (FDI) preparam-se para deter mais de 40 barcos que seguem rumo a Gaza e redirecioná-los ao porto de Asdode. Os passageiros deverão ser interrogados e posteriormente deportados, como já ocorreu em operações passadas.
Com informações de Gazeta do Povo