Roma — A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou como “ultrajantes” os protestos pró-Palestina realizados nesta segunda-feira (22) em várias cidades do país, que deixaram cerca de 60 policiais feridos e resultaram na prisão de 18 manifestantes.
Em mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), Meloni afirmou que a “violência e destruição nada têm a ver com solidariedade” e advertiu que os danos “serão pagos pelos cidadãos italianos”. A chefe de governo cobrou ainda que partidos de oposição e organizadores repudiassem os distúrbios, que, segundo ela, “envergonharam o país diante do mundo”.
Confrontos em Milão
O episódio mais tenso ocorreu em Milão, onde manifestantes romperam um cordão policial para tentar invadir a Estação Central, depredando mobiliário urbano. A polícia respondeu com cassetetes e gás lacrimogêneo, isolando a área. De acordo com a imprensa local, 23 agentes feridos precisaram ser hospitalizados.
Bloqueios e marchas em outras cidades
Em Bolonha, ativistas bloquearam a rodovia A14 e enfrentaram as forças de segurança, que utilizaram jatos d’água e gases para dispersão. Na capital, Roma, mais de 30 mil pessoas se concentraram na estação Termini e depois marcharam pelas principais vias, interrompendo o trânsito e forçando o fechamento de acessos.
Trieste, Turim, Nápoles e Veneza também registraram incidentes, dentro de uma mobilização convocada por sindicatos de esquerda que atingiu mais de 70 cidades, provocando cancelamentos de trens, bloqueios em portos e paralisações em rodovias.
Resposta do governo
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, descreveu os confrontos como “uma ação violenta deliberada” contra as forças policiais e chamou os participantes de “arruaceiros” que se aproveitam da comoção em torno do conflito no Oriente Médio para promover “atos de violência pura e simples”.
No total, aproximadamente 60 agentes de segurança ficaram feridos e 18 manifestantes foram detidos em todo o país, segundo balanço oficial.
As autoridades não informaram previsão para a reabertura completa das áreas afetadas, enquanto equipes trabalham na remoção de destroços e na avaliação dos prejuízos.
Com informações de Gazeta do Povo