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María Corina Machado afirma que Trump age para encerrar “guerra” de Maduro contra venezuelanos

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Miami (EUA) – 05/11/2025. A líder opositora venezuelana e vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, María Corina Machado, declarou nesta quarta-feira, durante o America Business Forum em Miami, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está “terminando a guerra que Nicolás Maduro iniciou contra o povo da Venezuela”.

Segundo Machado, o chefe do Palácio de Miraflores não é um governante legítimo, mas o “líder de uma estrutura criminosa e narcoterrorista”. Para ela, a estratégia de Washington é “absolutamente correta” ao enfrentar essa rede.

Apoio a operações militares

A opositora endossou as ações militares dos EUA contra embarcações suspeitas de transportar drogas e armas no Caribe e no Pacífico. Reportagens da imprensa norte-americana apontam que, desde setembro, as operações destruíram cerca de 20 alvos e deixaram pelo menos 66 mortos.

“É necessário cortar esses fluxos de caixa, e é exatamente isso que o presidente Trump está fazendo para proteger milhões de vidas de cidadãos americanos e latino-americanos”, afirmou.

Transição recusada por Maduro

Machado afirmou que o líder chavista rejeitou propostas de uma transição democrática negociada após as eleições de julho de 2024. De acordo com a oposição e observadores estrangeiros, atas coletadas em centros de votação apontariam vitória do candidato oposicionista Edmundo González.

“Maduro precisa entender que suas horas estão se esgotando. Se aceitar uma transição, ela será mais rápida e pacífica, mas acontecerá independentemente do que ele fizer”, disse.

Efeito dominó na região

Para a opositora, a queda do regime chavista poderia desencadear mudanças em governos aliados na América Latina. “A libertação da Venezuela vai trazer a libertação de Cuba e da Nicarágua”, afirmou, acrescentando que o cenário também afetaria as relações com Irã, Rússia e China.

Acusações contra Teerã

Machado acusou o Irã de utilizar a Venezuela como base para redes criminosas internacionais. Segundo ela, a Guarda Revolucionária iraniana mantém forças no país, recebeu drones, compartilha tecnologia e utiliza o sistema financeiro venezuelano para lavar recursos ligados a grupos como o Hezbollah.

Plano econômico pós-Maduro

Se chegar ao poder, Machado promete abrir a economia venezuelana ao capital estrangeiro, estimando até US$ 1,7 trilhão em oportunidades nos setores de energia, infraestrutura, mineração e tecnologia. “Queremos que nossos filhos regressem à Venezuela e possam desfrutar de um país seguro e próspero”, concluiu.

O fórum em Miami também contou com a presença do presidente Donald Trump, do mandatário argentino Javier Milei, do ex-tenista Rafael Nadal e do jogador Lionel Messi.

Com informações de Gazeta do Povo