A crescente mobilização militar dos Estados Unidos no Caribe levou o presidente venezuelano Nicolás Maduro a adotar uma série de medidas de segurança, segundo fontes ligadas ao regime chavista ouvidas pelo New York Times. Trata-se da maior crise enfrentada pelo governante em seus 12 anos no poder.
Desde setembro, quando Washington deslocou um contingente considerado histórico para a região, Maduro passou a:
- mudar de residência com frequência para evitar possíveis ataques de precisão;
- trocar constantemente de telefone celular;
- ampliar o número de guarda-costas cubanos em sua escolta;
- designar mais oficiais de contraespionagem para trabalhar em conjunto com as Forças Armadas venezuelanas.
Na segunda-feira (1.º), o líder chavista apresentou um novo gabinete especial composto por 12 aliados, encarregado de conduzir “as forças políticas, sociais e da revolução bolivariana” em meio às tensões com os EUA. A aparição pública ocorreu após alguns dias de ausência que alimentaram rumores de fuga, especialmente depois de um telefonema no mês passado em que o então presidente americano Donald Trump teria feito um ultimato a Maduro.
Publicamente, o venezuelano mantém discurso de confiança diante das acusações de envolvimento com o narcotráfico feitas por Washington. Nos bastidores, porém, o relato de colaboradores indica um ambiente de tensão e precaução permanente.
Com informações de Gazeta do Povo