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Maduro manda criar comandos de defesa e convoca população para possível luta armada

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O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, determinou na terça-feira (11) a instalação de comandos de defesa integrados formados por civis, militares e servidores públicos, alegando necessidade de preparação para um eventual confronto armado diante da presença de forças norte-americanas no Mar do Caribe.

A ordem foi formalizada durante a assinatura da Lei do Comando para a Defesa Integral da Nação, aprovada no mesmo dia pela Assembleia Nacional, controlada pelo chavismo. O texto define objetivos, características e funções dos novos órgãos, vinculados ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas (Ceofanb).

“Devem ser estabelecidos, estruturados e entrar em funcionamento para que estejamos prontos, caso precisemos nos engajar em luta armada para defender nosso patrimônio sagrado”, declarou Maduro em cerimônia no Palácio de Miraflores, transmitida pela emissora estatal VTV.

Reforço militar e milícias

Segundo o líder chavista, nas últimas “quatorze semanas de loucura imperial” a Venezuela adotou medidas militares e institucionais. Ele afirmou que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) foi reforçada “para qualquer cenário” e que o país está em “perfeita fusão popular-militar-policial”.

Maduro ressaltou que mais de oito milhões de venezuelanos se alistaram na Milícia Bolivariana e participaram de treinamentos em “técnicas militares” em todos os estados.

Funções dos novos comandos

A lei estabelece que cada comando integrado de defesa deve planejar, coordenar, dirigir e supervisionar os Órgãos da Direção de Defesa Integral (ODDI). Entre as atribuições estão apoiar operações militares e garantir a continuidade de serviços essenciais e da infraestrutura crítica em caso de mobilização.

Presença dos EUA no Caribe

O regime também anunciou um novo destacamento com recursos terrestres, aéreos, navais e fluviais para enfrentar o que classifica como “ameaças imperialistas”.

Os Estados Unidos mantêm navios na região desde agosto para operações antidrogas, mas Caracas vê a movimentação como tentativa de “mudança de regime”. A Marinha norte-americana informou que o porta-aviões USS Gerald R. Ford e seu grupo de ataque, com mais de 4.000 marinheiros e dezenas de aeronaves, chegaram à América Latina nesta terça-feira.

Com informações de Gazeta do Povo