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Sob pressão dos EUA, Maduro convoca líderes evangélicos e declara Miraflores “altar de Deus”

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu líderes evangélicos no Palácio de Miraflores, em Caracas, na tarde de terça-feira (18). O encontro, transmitido pela emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV), foi apresentado como uma “oração pela paz” e ocorreu enquanto Washington intensifica ações militares no Caribe.

Participaram do ato a primeira-dama Cilia Flores, o deputado Nicolás Maduro Guerra, filho do chefe do Executivo, e diversos pastores convidados. Durante a cerimônia, os religiosos afirmaram que o país é “rico em valores e em riqueza espiritual”.

Em discurso, Maduro declarou que a sede do governo passaria a ser “um altar para glorificar a Deus” e leu um manifesto no qual afirmou que “Jesus Cristo é o senhor e dono da Venezuela”. O líder chavista acrescentou que, como cidadão e presidente, “radicaliza” sua fé cristã, apesar de o país já garantir liberdade de culto na Constituição de 1999.

“Reconheço o único Deus real e verdadeiro, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que protegerá nossa pátria”, disse o presidente diante dos convidados.

Contexto de tensão com Washington

O evento religioso ocorre em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos sobre o regime venezuelano. Desde agosto, forças norte-americanas mobilizam unidades aéreas e navais no Caribe — entre elas, o porta-aviões USS Gerald Ford. A Casa Branca descreve a operação como parte do combate ao narcotráfico; Caracas, porém, alega tratar-se de uma tentativa de ameaça militar e de mudança de regime.

Maduro não mencionou diretamente as movimentações dos EUA durante a oração, mas o governo venezuelano tem denunciado publicamente as ações de Washington como um “cerco” ao país.

Com informações de Gazeta do Povo