O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (24) em Nova York que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deve adotar uma postura “mais dura” diante das recentes violações do espaço aéreo de países aliados pela Rússia.
“Se houver novas provocações, intensificaremos a resposta; reagiremos um pouco mais forte”, declarou Macron às emissoras France 24 e RFI durante sua participação na Assembleia Geral da ONU. Apesar do tom contundente, o líder francês descartou uma escalada bélica direta: “Não vamos abrir fogo diante disso”.
Segundo o chefe de Estado, a Aliança Atlântica tem respondido de forma proporcional às ações russas. Nos últimos dias, caças MiG-31 invadiram o espaço aéreo da Estônia por aproximadamente 12 minutos e se aproximaram da zona de segurança de uma plataforma polonesa no mar Báltico. Também foram registrados ataques com drones sobre Polônia e Romênia.
“É importante mostrar a Moscou que podemos, ao mesmo tempo, defender a Ucrânia e proteger nosso espaço aéreo”, afirmou Macron. Ele citou o envio de caças Rafale franceses para reforçar a defesa polonesa como exemplo do aumento da vigilância da Otan.
O presidente ressaltou que não se pode permitir a sensação de fragilidade em países como Polônia, Estônia ou Romênia. “O próximo passo será a Alemanha e depois a França”, alertou. Para Macron, o objetivo do Kremlin é semear insegurança entre os europeus e desviar o foco do apoio militar e político oferecido a Kiev.
Classificando a Rússia como “potência desestabilizadora”, o mandatário francês disse não enxergar disposição de Moscou para um cessar-fogo, diferentemente da posição manifestada pela Ucrânia.
Com informações de Gazeta do Povo