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Lula designa primeiro adido da Polícia Federal na Embaixada do Brasil em Pequim

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, nesta quarta-feira (8), o delegado Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti como primeiro adido da Polícia Federal (PF) na Embaixada do Brasil em Pequim, na China. O policial federal, que atuava como superintendente da corporação em Pernambuco, superou outros 21 candidatos no processo seletivo.

De acordo com o decreto presidencial, o adido deverá assessorar em assuntos de polícia judiciária, segurança pública e cooperação policial junto à representação diplomática brasileira. A função veda manifestações políticas sobre ações do Itamaraty.

Cavalcanti terá mandato até 2028, com possibilidade de prorrogação por mais um ano, e poderá contratar dois auxiliares locais. Em 2021, ele chegou a colocar o cargo à disposição após discordar da atuação policial em protestos contrários ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ampliação da rede de adidos

Com a criação do posto em Pequim, o Brasil passa a contar com adidos da PF em 34 nações. Até então, já existiam representantes na África do Sul, Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, França, Guiana, Índia, Itália, Japão, Jordânia, México, Nigéria, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, Suíça, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Relações bilaterais em foco

A nomeação ocorre em meio ao esforço do governo para estreitar laços com a China, principal parceira comercial do Brasil. Desde 2023, o Partido dos Trabalhadores (PT) mantém acordo de cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista Chinês. Críticas a esse alinhamento se intensificaram após os Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, imporem tarifa de 50% a produtos brasileiros e sinalizarem possíveis sanções a países que apoiam a criação de uma moeda alternativa ao dólar pelos Brics.

Em entrevista ao SBT Brasil, Lula defendeu a aproximação: “O Brasil produz, quer vender seus produtos, e a gente vende pra quem quer comprar”.

Além do Executivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) também vem fortalecendo relações institucionais com a China e firmou acordo de cooperação técnica que prevê o uso de inteligência artificial nos tribunais.

Com informações de Gazeta do Povo