San Salvador — Nomeada em 14 de agosto, a capitã das Forças Armadas e médica Karla Trigueros, de 35 anos, tomou posse como ministra da Educação, Ciência e Tecnologia de El Salvador e, em menos de duas semanas, já determinou mudanças que reforçam disciplina e valores cívicos na rede pública.
Trajetória militar e formação em medicina
Filha de um médico falecido antes de seu nascimento, Trigueros sonhava seguir a mesma carreira. Em 2007 ingressou como cadete na Escola Militar Capitán General Gerardo Barrios e, graças ao desempenho acadêmico, obteve uma das três bolsas de estudo oferecidas naquele ano para cursar medicina. Após a graduação, atuou no Hospital Militar Central como vice-chefe do Departamento Ambulatorial e, em 2019, foi transferida para o Comando de Saúde Militar como consultora em epidemiologia.
No período da pandemia de Covid-19, coordenou a logística de distribuição de vacinas no país. Também integrou o Comitê Conjunto do Mecanismo de Coordenação de El Salvador no combate ao HIV, à tuberculose e à malária, além de participar, em 2022, do plano de resposta a emergências e desastres com enfoque multiamenças.
Novas exigências para as escolas
Em seu primeiro memorando aos diretores de escolas públicas, a ministra determinou que:
- os gestores recepcionem pessoalmente os alunos nos portões;
- verifiquem uniforme limpo, corte de cabelo considerado apropriado e apresentação pessoal adequada;
- garantam entrada ordenada acompanhada de saudação respeitosa.
O documento estabelece que o descumprimento das regras será tratado como infração administrativa grave.
Imagem: Wikimedia Commons via gazetadopovo.com.br
“Segundas-feiras Cívicas”
A partir de 1.º de setembro, todas as segundas-feiras passam a ter programação obrigatória composta por formação em ordem unida, entrada e retirada da bandeira nacional, execução do hino salvadorenho, oração à bandeira e apresentação de um estudante sobre personagem histórico ou fato relevante. Cada escola receberá US$ 300 para compra de bandeiras, luvas brancas para o porta-bandeira e materiais relacionados. O rito deverá ocorrer em todas as semanas do calendário letivo, sem exceções.
As medidas, segundo o ministério, buscam “fortalecer a identidade nacional, os valores cívicos e a disciplina” entre os estudantes. O memorando encerra-se com o lema oficial: “Deus, União e Liberdade”.
Com informações de Gazeta do Povo
