Rostov-on-Don, Rússia – O Tribunal Militar do Distrito Sul sentenciou nesta quinta-feira (27) oito homens à prisão perpétua pela explosão que danificou gravemente a Ponte da Crimeia em outubro de 2022, ataque que resultou em cinco mortes e interrompeu o tráfego na ligação entre a península anexada e o território russo por vários meses.
De acordo com o jornal The Moscow Times, o colegiado considerou o grupo culpado de ato terrorista com resultado letal e de aquisição ilegal de armas como parte de organização criminosa. Dois dos réus também foram condenados por contrabando de explosivos.
Um ano após a detonação, o governo ucraniano reconheceu a autoria da operação, mas afirmou que os detidos — cidadãos da Ucrânia, Moldávia e Armênia — não sabiam que o caminhão que transportavam, carregado com filme plástico, escondia explosivos destinados a atingir a estrutura.
Todos os acusados negaram participação no atentado. A ONG Memorial, proibida na Rússia, classificou os detidos como presos políticos e sustentou que eles desconheciam o conteúdo explosivo da carga. Segundo a entidade, após a explosão, os homens procuraram voluntariamente o Serviço Federal de Segurança (FSB) para prestar depoimento e chegaram a se hospedar por conta própria em um hotel para comparecer às audiências. Entre 12 e 14 de outubro de 2022, porém, foram presos e mantidos sob custódia.
Os condenados planejam recorrer da decisão.
Com informações de Gazeta do Povo