A Justiça do Peru determinou nesta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, a prisão preventiva por cinco meses da ex-primeira-ministra Betssy Chávez, atualmente asilada na Embaixada do México em Lima.
A decisão foi tomada pelo juiz Juan Carlos Checkley, do Tribunal Supremo de Investigação Preparatória, que atendeu a um pedido do Ministério Público. O magistrado ordenou que o mandado seja executado tanto em território peruano quanto no exterior, e solicitou que a Polícia Nacional, o Escritório de Mandados do Judiciário e a Interpol sejam notificados.
Chávez, que chefiou o gabinete do então presidente Pedro Castillo entre 2021 e 2022, responde ao processo que investiga a tentativa de autogolpe liderada por Castillo no fim de 2022. No início de novembro, ela buscou refúgio na representação mexicana e recebeu asilo político, aguardando salvo-conduto para deixar o país.
Ainda não está claro como o Executivo peruano cumprirá a determinação judicial. Antes do despacho de Checkley, o governo havia informado que só decidiria sobre o salvo-conduto após consultar outros países e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A concessão de asilo a Betssy Chávez provocou a ruptura das relações diplomáticas entre Lima e Cidade do México. Além disso, o Congresso peruano aprovou moção declarando a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, persona non grata.
Com informações de Gazeta do Povo
