Um júri federal na Flórida declarou Ryan Wesley Routh, 59 anos, culpado pela tentativa de assassinar o então presidente Donald Trump durante uma partida de golfe em West Palm Beach, em setembro de 2024.
Routh foi condenado por tentativa de assassinato de um candidato presidencial, agressão a agente federal e posse ilegal de arma de fogo. As acusações podem resultar em prisão perpétua; a data da sentença ainda não foi marcada.
Plano frustrado pelo Serviço Secreto
De acordo com o FBI, o réu montou um esconderijo de atirador próximo ao campo de golfe de Trump, portando um rifle SKS carregado, munições e placas de aço. O agente do Serviço Secreto Robert Fercano identificou a ameaça e disparou contra o suspeito, forçando sua fuga.
Investigações mostraram que Routh monitorou a rotina de Trump por semanas, pesquisando comícios, câmeras de tráfego em Palm Beach e rotas para o Aeroporto Internacional de Miami. Anotações indicavam, ainda, planos para voar ao México.
Testemunhas e evidências
Uma testemunha relatou ter recebido de Routh uma caixa contendo carta manuscrita na qual o acusado admitia a tentativa de assassinato e lamentava o fracasso. Outra pessoa disse ter seguido o suspeito, repassando informações que levaram à sua prisão.
Comportamento no tribunal
Representando-se sozinho, Routh argumentou que, como Trump não foi atingido, não haveria tentativa de assassinato — tese rejeitada pelos jurados. Após o veredito, ele tentou suicidar-se com uma caneta, mas foi contido por agentes.
Reações oficiais
A chefe do Departamento de Justiça, Pamela Bondi, afirmou que o resultado reforça o compromisso do órgão em punir a violência política. O diretor do FBI, Kash Patel, classificou o ato como “repugnante”, e o procurador Jason Quiñones destacou que a ação buscou “roubar dos americanos o direito ao voto”.
Routh aguardará a definição da pena sob custódia federal.
Com informações de Gazeta do Povo