A eleição presidencial chilena caminha para um segundo turno entre a ministra do Trabalho licenciada Jeannette Jara, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, e o ex-deputado de direita José Antonio Kast. A nova votação está marcada para 14 de dezembro, após ambos liderarem a apuração do primeiro turno realizado neste domingo, 16 de novembro de 2025.
“Proteger a democracia”
Logo depois da divulgação dos resultados, Jara afirmou que o país “tem muito futuro e esperança” e que “a democracia precisa ser protegida e valorizada”, lembrando o esforço para recuperá-la após a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). A declaração foi vista como uma crítica indireta a Kast, cujo irmão, Miguel Kast, integrou o governo militar como ministro.
“Mudança real”
Kast respondeu convocando seus eleitores para “uma mudança real” e para “reconstruir a pátria”. Ele defendeu união nacional para enfrentar problemas de segurança, moradia e educação, que, segundo ele, se agravaram durante a atual administração de Boric.
Reação do Palácio de La Moneda
Em coletiva de imprensa, o presidente Gabriel Boric felicitou os dois candidatos e disse confiar que “o diálogo, o respeito e o amor pelo Chile prevalecerão sobre quaisquer diferenças”. O chefe do Executivo destacou que o país se constrói “de governo a governo, de geração a geração”.
Apoios em jogo
Jeannette Jara inicia o segundo turno enfrentando a possibilidade de consolidação do voto conservador. Os demais postulantes de direita que ficaram fora da corrida neste domingo sinalizaram apoio a Kast. O libertário Johannes Kaiser, quarto colocado, foi o primeiro a declarar adesão: “Cumpriremos nossa palavra e o apoiaremos no segundo turno”, afirmou, em entrevista coletiva em Santiago.
A campanha recomeça oficialmente nesta segunda-feira (17), com ambos os candidatos tentando conquistar o eleitorado de centro, decisivo para o resultado final.
Com informações de Gazeta do Povo