As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram neste domingo (19) que voltaram a cumprir o cessar-fogo firmado com o Hamas na Faixa de Gaza. A retomada ocorre horas depois de militantes do grupo dispararem um míssil antitanque contra soldados israelenses, ação considerada pelo governo de Tel Aviv uma violação do acordo em vigor desde 10 de outubro.
De acordo com comunicado das FDI, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reuniu-se com o ministro da Defesa e chefes dos órgãos de segurança, determinando “resposta firme a qualquer nova infração”. Na mesma nota, o Exército ressaltou que seguirá “aplicando o cessar-fogo” enquanto reage a violações.
Confronto em Rafah
Pela manhã, tropas israelenses efetuaram um contra-ataque na cidade de Rafah, no sul de Gaza, após o lançamento do projétil contra seus militares. Fontes do braço armado do Hamas informaram à agência EFE que a ação inicial do grupo visava eliminar Yasser Abu Shabab, líder da milícia rival Forças Populares. Segundo essa versão, soldados de Israel teriam dado cobertura a Shabab, provocando troca de tiros que culminou na explosão de uma escavadeira israelense.
Disputas internas em Gaza
Desde o início do cessar-fogo, o Hamas tenta reafirmar controle sobre o território e enfrenta clãs locais que contestam sua autoridade. Confrontos registrados ao longo das últimas semanas deixaram mortos, e imagens divulgadas nas redes sociais mostram o grupo executando homens vendados em praça pública.
Analistas apontam que o Hamas está enfraquecido após dois anos de conflito, abrindo espaço para que facções tribais ganhem força antes da instalação de uma administração provisória delineada pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Mesmo com a restauração formal do cessar-fogo, o governo israelense enfatizou que responderá “energicamente” caso ocorram novos ataques a suas forças.
Com informações de Gazeta do Povo
