O Exército israelense informou na manhã desta quarta-feira (29) que voltou a aplicar o cessar-fogo na Faixa de Gaza depois de um dia de combates na cidade de Rafah, no sul do enclave, onde um soldado da reserva morreu. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), os confrontos começaram quando integrantes do Hamas atiraram contra tropas posicionadas na região.
Em nota, os militares relataram que, em resposta ao ataque, foram atingidos “dezenas de alvos terroristas” e “terroristas foram neutralizados”. Após a ação, o cessar-fogo previsto no acordo em vigor foi retomado. “O Exército continuará a respeitar o acordo e responderá com firmeza a qualquer violação”, afirmou o comunicado.
A vítima identificada é o reservista Yona Efraim Feldbaum, de 37 anos, que operava uma máquina pesada dentro dos limites estipulados pelo acordo quando o tiroteio começou. O Hamas negou participação no episódio.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, declarou que as violações têm como objetivo impedir o avanço do plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o futuro de Gaza. A proposta prevê, na fase seguinte, o desarmamento do Hamas.
“Israel está comprometido com o plano de Trump; o único problema é que o Hamas não está, porque não quer ser desarmado”, disse Marmorstein. Ele acrescentou que o grupo “mente ao afirmar desconhecer o paradeiro de 13 reféns mortos” mantidos no enclave. Na noite de segunda-feira (27), o Hamas entregou os restos mortais de um refém resgatado por Israel dois anos antes.
O cessar-fogo em vigor faz parte de um acordo mediado internacionalmente para reduzir a violência na região enquanto se discute uma solução política para Gaza.
Com informações de Gazeta do Povo