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Israel intercepta flotilha com Greta Thunberg e prepara deportação; ativistas podem ficar em prisão de segurança máxima

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O governo de Israel confirmou nesta sexta-feira (3) a interceptação do último barco da Flotilha Global Sumud, operação que culminou na detenção de 473 ativistas, entre eles a sueca Greta Thunberg. As embarcações foram abordadas entre quarta-feira (1º) e hoje, quando tentavam romper o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza.

Segundo a polícia israelense, todos os detidos já passaram por procedimento de registro criminal e deverão ser deportados “em breve” para seus respectivos países. Paralelamente, as autoridades realizam uma inspeção minuciosa nos barcos apreendidos.

Possível envio a Ketziot

O especialista em direito internacional Omer Shatz, da Universidade Sciences Po, disse à agência Reuters que o governo planeja transferir o grupo para Ketziot, prisão de segurança máxima localizada no deserto do Negueve. A medida, incomum para estrangeiros aguardando deportação, facilitaria o gerenciamento de centenas de pessoas ao mesmo tempo.

Tratamento mais rígido que em junho

Em junho, outra tentativa de Greta Thunberg de chegar a Gaza resultou em detenção seguida de deportação quase imediata. Desta vez, o Ministério das Relações Exteriores de Israel argumenta que os ocupantes foram previamente alertados sobre a violação do bloqueio, o que pode agravar a situação judicial.

Alguns membros da flotilha anterior, como a eurodeputada francesa Rima Hassan, recusaram-se a assinar a ordem de expulsão e acabaram impedidos de retornar ao país por 100 anos após decisão de um tribunal.

Defesa por detenções prolongadas

No governo, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, propôs manter os atuais detidos por um período prolongado para desencorajar novas ações semelhantes. A possibilidade está sob análise, mas ainda não há definição oficial sobre prazos de permanência.

Enquanto isso, equipes de segurança seguem vistoriando as embarcações da Flotilha Global Sumud, que levavam suprimentos descritos como ajuda humanitária simbólica. O resultado dessas inspeções poderá servir de base para eventuais acusações adicionais.

Com informações de Gazeta do Povo