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Israel afirma que seis dos vinte mortos em ataque a hospital em Gaza eram militantes; um teria participado do 7 de outubro

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O Exército de Israel informou nesta terça-feira, 26 de agosto de 2025, que seis das 20 vítimas do ataque ao Hospital Nasser, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, eram integrantes de grupos terroristas. Segundo a nota militar, um desses homens teria participado do atentado do Hamas em 7 de outubro de 2023.

A divulgação faz parte de uma investigação preliminar sobre a ação que terminou com 20 mortos. O comunicado não detalha qual unidade disparou, quantos tiros foram efetuados nem a identidade dos supostos militantes.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o episódio como “trágico acidente” e anunciou uma “investigação exaustiva”. Em seguida, o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, determinou o aprofundamento das apurações.

De acordo com o porta-voz militar, o Hamas “usa de forma sistemática infraestrutura civil, como hospitais, para coletar informações e coordenar ataques”. Relatos da imprensa israelense indicam que o alvo foi escolhido após soldados identificarem uma câmera de segurança no teto da unidade de saúde, supostamente capaz de transmitir dados ao grupo islâmico.

Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, sustenta que o hospital foi bombardeado duas vezes: primeiro contra o prédio e, em seguida, contra equipes de resgate e jornalistas que chegavam ao local. A pasta diz que entre os mortos estão cinco profissionais de imprensa.

Repercussão internacional

O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, declarou que não acredita que Israel tenha visado civis deliberadamente e pediu que se aguardem os resultados da investigação antes de um julgamento definitivo.

Em posição oposta, o presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o ataque como “intolerável” e defendeu a proteção de civis e jornalistas. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou, na rede X, estar “horrorizado” e reforçou o apelo por um cessar-fogo imediato.

Israel assumiu a autoria da ofensiva e disse lamentar qualquer dano a pessoas não envolvidas em atividades terroristas.

Com informações de Gazeta do Povo