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Islândia mantém liderança em ranking dos países mais pacíficos; Brasil fica em 130º

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Quem: Institute for Economics & Peace (IEP)
O quê: Divulgação do Índice Global da Paz 2025 (GPI)
Quando: junho de 2025
Onde: levantamento abrange 163 nações
Por quê: medir níveis de segurança, conflitos internos e grau de militarização

O novo Índice Global da Paz aponta que Islândia, Irlanda, Nova Zelândia, Áustria e Suíça formam, nesta ordem, o grupo de países mais pacíficos do mundo em 2025. A liderança islandesa é ininterrupta desde 2008, ano da primeira edição do estudo do Institute for Economics & Peace (IEP).

Queda global de tranquilidade

Pelo sexto ano seguido, o relatório registra deterioração da paz no planeta. Entre 2014 e 2024, 100 das 163 nações avaliadas pioraram seus indicadores, cenário associado à escalada de criminalidade, terrorismo e militarização.

O IEP contabilizou 59 conflitos ativos em 2024, com 152 mil mortes relacionadas a guerras — maior número desde o fim da Segunda Guerra Mundial. No mesmo período, 17 países registraram mais de mil vítimas em disputas internas, marca que não era ultrapassada desde 1999.

Desigualdade da paz aumenta

A distância entre as nações mais e menos tranquilas cresceu 11,7% nas últimas duas décadas. Enquanto o grupo dos 25 países no topo do ranking teve queda de 0,5% nos indicadores de violência, o dos 25 últimos sofreu deterioração de 12,2%.

Rússia, Ucrânia, Sudão, República Democrática do Congo e Iêmen ocupam as últimas posições, todas envolvidas em guerras internas ou internacionais em expansão. A Rússia aparece como o país menos pacífico do mundo.

Situação da América do Sul

O Brasil figura na 130ª colocação, permanecendo entre os menos pacíficos. Apesar de leve melhora em relação ao ano anterior, o país ainda enfrenta altos índices de criminalidade e instabilidade social, o que o coloca apenas na nona posição entre as 11 nações sul-americanas avaliadas.

Na contramão, a Argentina atingiu o 46º lugar global e o melhor desempenho regional, com avanço de 3,8% em seu nível de paz. O crescimento é atribuído à ausência de grandes protestos contra medidas de austeridade e ao ganho de estabilidade econômica.

Custo da violência

O IEP estima que o impacto econômico da violência chegou a US$ 19,97 trilhões em 2024, equivalente a 11,6% do Produto Interno Bruto mundial. Desse montante, menos de 1% foi destinado a iniciativas de construção da paz; a maior fatia corresponde a gastos militares e segurança interna.

O relatório conclui que o aumento da militarização e a fragmentação geopolítica colocam a ordem internacional em ponto de inflexão, embora persista um núcleo de países que mantém altos níveis de estabilidade.

Com informações de Gazeta do Povo