Diversos veículos de comunicação ao redor do mundo repercutiram, nesta quinta-feira (11), a sentença que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão, decisão tomada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Jornais dos Estados Unidos
The Washington Post informou que a Suprema Corte brasileira concluiu que Bolsonaro tentou permanecer no cargo após as eleições de 2022, em um plano que incluiria assassinatos. O jornal citou fala do relator, ministro Alexandre de Moraes: “O líder do grupo criminoso deixou claro — publicamente e em suas próprias palavras — que nunca aceitaria a derrota nas urnas”.
Já o New York Times relatou que a suposta conspiração previa dissolver o STF, dar poderes ampliados às Forças Armadas e assassinar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O periódico destacou ainda a declaração do advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Bolsonaro: o ex-presidente “nunca teve a intenção de realizar um golpe de Estado”.
Cobertura televisiva
A CNN registrou que a denúncia mencionava a possível utilização de explosivos, armas de guerra ou veneno contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A emissora também lembrou que Bolsonaro e os demais réus negam irregularidades e alegam sofrer perseguição política.
Repercussão no Reino Unido e na Europa
No Reino Unido, a BBC resumiu o julgamento afirmando que Bolsonaro foi considerado culpado de liderar uma conspiração para seguir no poder após perder o pleito de 2022. O canal destacou que quatro ministros votaram pela condenação, enquanto Luiz Fux foi o único a defender a absolvição.
Na Espanha, o El Mundo publicou declaração da ministra Cármen Lúcia: “A Procuradoria demonstrou de forma contundente que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas”.
Imagem: Saulo Cruz
O jornal argentino Clarín observou que Bolsonaro se tornou o terceiro ex-mandatário brasileiro condenado — depois de Lula e Fernando Collor — e enfatizou que a pena de 27 anos e 3 meses decorre da conspiração contra a ordem democrática.
Reações políticas
A emissora France 24 destacou declarações do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, que disse: “Hoje é o dia em que a supremacia derrotou a democracia! Os que são perseguidos injustamente passam à história; os perseguidores, à escória. Não renunciaremos ao nosso Brasil”.
Os veículos internacionais continuam acompanhando os desdobramentos jurídicos e políticos da condenação do ex-chefe do Executivo brasileiro.
Com informações de Gazeta do Povo