Cairo – O Hamas informou nesta quarta-feira (8) que apresentou aos mediadores no Egito uma relação de palestinos que deseja ver libertados por Israel em troca dos 48 reféns – vivos e mortos – mantidos pelo grupo na Faixa de Gaza.
Em comunicado, a facção declarou que sua delegação tem atuado com “positividade e responsabilidade” nas conversas indiretas conduzidas em Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho. Segundo o texto, representantes do Egito e do Catar “realizam grandes esforços para remover qualquer obstáculo” ao cessar-fogo, clima que o Hamas descreve como marcado por “espírito de otimismo”.
As negociações, iniciadas nesta semana, giram em torno de três pontos principais: a suspensão completa das hostilidades, a retirada das forças israelenses de Gaza e a libertação simultânea de reféns israelenses e centenas de presos palestinos, conforme proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na véspera, data que marcou o segundo aniversário dos ataques terroristas em território israelense, o porta-voz Fawzi Barhoum reiterou que o acordo só avançará se a guerra terminar de forma definitiva e se Israel abandonar todo o enclave.
Mediadores internacionais em Sharm el-Sheikh
A terceira rodada de diálogos indiretos começou nesta quarta às 11h (hora local, 5h em Brasília) em Sharm el-Sheikh. Tomam parte altos representantes de Israel e do Hamas, além de autoridades do Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos.
Entre os participantes estão os chefes dos serviços de inteligência egípcio e turco, o primeiro-ministro e chanceler catariano, Mohammed bin Abdulrahman, e a equipe norte-americana liderada pelo enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
O plano apresentado por Washington prevê, em uma primeira fase, a troca de prisioneiros e reféns. Etapas posteriores incluem a desmilitarização da Faixa de Gaza e a possibilidade de, no futuro, discutir a criação de um Estado palestino.
As partes não divulgaram prazo para o encerramento das conversas, mas fontes egípcias indicam que os mediadores trabalham para obter um texto final “o mais rápido possível”.
Com informações de Gazeta do Povo