O grupo armado Hamas elogiou nesta quinta-feira (2.out.2025) o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pela ordem de expulsão dos diplomatas de Israel que permaneciam no país e pela suspensão imediata do Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Bogotá e Tel Aviv.
A decisão do chefe de Estado colombiano foi anunciada na quarta-feira (1º.out.2025), poucas horas depois de a Marinha israelense interceptar uma flotilha de ativistas que transportava ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza. Segundo Petro, entre os passageiros havia cidadãos colombianos.
“Valorizamos a decisão do presidente colombiano de expulsar os membros restantes da missão diplomática sionista em seu país e cancelar o acordo de livre comércio com a ocupação, em resposta ao crime de interceptar a frota de resistência marítima”, declarou o Hamas em comunicado divulgado à imprensa.
Em publicação na rede social X, Gustavo Petro confirmou as medidas: “O tratado de livre comércio com Israel está denunciado imediatamente. Toda a delegação diplomática israelense na Colômbia deve sair do país”.
Relações já estavam estremecidas
A Colômbia rompeu relações diplomáticas formais com Israel em maio de 2024, em protesto contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Ainda assim, funcionários de caráter consular e de cooperação continuavam na embaixada israelense em Bogotá; esses servidores agora deverão deixar o território colombiano.
Detalhes do acordo comercial
O TLC entre os dois países foi assinado em 30 de setembro de 2013 e entrou em vigor em 10 de agosto de 2020. O texto prevê uma cláusula de denúncia que determina a suspensão do entendimento seis meses após o recebimento da notificação pela outra parte, prazo que passa a contar a partir do anúncio de Petro.
Com a expulsão dos diplomatas e a suspensão do pacto comercial, o governo colombiano amplia o distanciamento iniciado no ano passado em relação a Israel, em resposta às ações militares na região de Gaza.
Com informações de Gazeta do Povo