A ativista sueca Greta Thunberg, 22 anos, recebeu uma multa de US$ 172 e foi impedida de permanecer em Veneza por 48 horas depois de participar de um protesto que tingiu de verde o principal canal da cidade italiana. A ação ocorreu no domingo (25), reunindo outros 35 integrantes do grupo Extinction Rebellion.
De acordo com os manifestantes, o corante utilizado era não tóxico e tinha o objetivo de chamar a atenção para o “colapso climático” que, segundo eles, coloca Veneza entre as cidades europeias mais vulneráveis à elevação do nível do mar e a inundações sucessivas.
Protesto em meio ao turismo
Durante o ato, faixas com a frase “Parem o Ecocídio” foram penduradas na Ponte Rialto, um dos cartões-postais locais, enquanto ativistas vestidos com véus vermelhos cruzavam a multidão de turistas em silêncio.
Reação das autoridades
A polícia deteve os participantes, aplicou a multa individual e determinou a expulsão temporária do grupo. O governador do Vêneto, Luca Zaia, classificou o protesto como “gesto inútil” que poderia trazer consequências ambientais e disse estar surpreso com a presença de Thunberg.
Contexto internacional
O ato em Veneza coincidiu com o encerramento da COP 30, realizada no Brasil, onde os países não chegaram a um consenso sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis. Segundo o Extinction Rebellion, intervenções semelhantes foram executadas em outras dez cidades italianas.
Greta Thunberg havia concentrado sua atuação nos últimos dois anos em temas ligados ao conflito no Oriente Médio, mas agora retoma as ações de protesto climático que a tornaram conhecida mundialmente.
Com informações de Gazeta do Povo
