Londres — A ativista sueca Greta Thunberg, 22 anos, foi detida na manhã desta terça-feira (23) pela Polícia Metropolitana de Londres durante um protesto em solidariedade a integrantes do grupo Palestine Action, proibido pelo governo britânico.
Thunberg uniu-se a dezenas de manifestantes na segunda-feira (22) em frente ao prédio da seguradora Aspen Insurance, apontada pelos organizadores como prestadora de serviços à fabricante de armas israelense Elbit Systems. O ato pedia a libertação de oito membros do Palestine Action que fazem greve de fome na prisão.
Um vídeo divulgado pelo coletivo Prisoners for Palestine mostra a ativista sentada no chão, segurando um cartaz com a mensagem “Apoio os presos do Palestine Action. Oponho-me ao genocídio”, enquanto agentes filmam o momento da prisão.
Segundo nota oficial da Scotland Yard, “martelos e tinta vermelha foram utilizados para danificar um edifício” pouco antes da chegada das equipes. Um homem e uma mulher foram presos sob suspeita de danos criminais após lançarem tinta na fachada e se acorrentarem à porta. Especialistas precisaram cortar as correntes para removê-los.
Logo depois, ainda de acordo com a polícia, “uma mulher de 22 anos foi detida por exibir um objeto (neste caso, uma faixa) em apoio a uma organização proibida”, em referência à lei antiterrorismo do Reino Unido. O dispositivo legal criminaliza demonstrações de apoio público a grupos banidos pelo governo.
O Palestine Action foi declarado ilegal no início de 2025 após o Ministério do Interior concluir que suas ações “ultrapassaram o limite do protesto legítimo”. Entre os episódios citados está a invasão da base aérea de Brize Norton, em junho, quando ativistas picharam de vermelho duas aeronaves militares.
Não houve informações sobre acusação formal ou data de apresentação de Greta Thunberg ao tribunal até o fechamento desta edição.
Com informações de Gazeta do Povo