O governo do presidente Donald Trump protocolou neste domingo (14) um recurso no Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia para reverter a liminar que impede a demissão de Lisa Cook, integrante do Conselho de Governadores do Federal Reserve.
A disputa começou em agosto, quando Trump anunciou a destituição de Cook após acusações de fraude hipotecária. Segundo o presidente, a diretora teria declarado duas residências diferentes como principal moradia em 2021 para obter condições vantajosas de empréstimo, denúncia apresentada por Bill Pulte, diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional.
Em 28 de agosto, Cook ingressou com ação contra Trump, o Federal Reserve e o presidente do banco central, Jerome Powell, solicitando medida judicial que assegurasse sua permanência no cargo. Na terça-feira (9), a juíza federal Jia Cobb concedeu liminar favorável à economista, entendendo que a cláusula de demissão por “justa causa” não cobre condutas anteriores ao início do mandato.
No recurso enviado neste domingo, a Casa Branca sustenta que as acusações colocam em dúvida a capacidade de Cook de atuar “com franqueza, cuidado e imparcialidade” na condução da política monetária norte-americana. Caso a destituição se confirme, será a primeira vez em mais de um século que um presidente remove um governador do Federal Reserve.
O processo segue agora para análise do Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, que decidirá se mantém ou revoga a liminar que garante a permanência de Lisa Cook no cargo.
Com informações de Gazeta do Povo
