O governo dos Estados Unidos informou nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, que 465 pessoas foram presas em Washington, D.C., desde que a Casa Branca assumiu o controle da Polícia Metropolitana há uma semana.
A procuradora-geral Pam Bondi, escolhida pelo presidente Donald Trump para coordenar a operação, detalhou que, no mesmo período, agentes federais apreenderam 68 armas de fogo e apresentaram diversas acusações por homicídio, tráfico de drogas e posse ilegal de armamentos.
De acordo com Bondi, somente na noite de segunda-feira (18) ocorreram 52 prisões, entre elas a de um suposto integrante da quadrilha Mara Salvatrucha (MS-13); nove armas foram recolhidas.
Quase metade das detenções ocorreu em áreas consideradas de maior criminalidade na capital norte-americana. “Moradores e turistas reconhecem o esforço extraordinário das forças policiais locais e federais”, afirmou a procuradora-geral.
Declaração de emergência e reforço militar
Trump declarou Emergência de Segurança Pública em 11 de agosto, o que lhe permitiu assumir o comando da corporação local com base em dispositivo da Lei de Autonomia do Distrito de Columbia, de 1973. Na mesma data, anunciou o destacamento de cerca de 800 integrantes da Guarda Nacional da capital.
Com a intervenção, aumentou a presença de agências federais como FBI, DEA e Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Governadores da Virgínia Ocidental, Ohio, Mississippi e Carolina do Sul anunciaram o envio de mais 900 militares da Guarda Nacional nos próximos dias.

Imagem: Bruno Sznajderman via gazetadopovo.com.br
Reações na capital
O presidente justificou a iniciativa citando uma “onda de crimes” na cidade. A prefeita democrata Muriel Bowser contestou o argumento e disse que os índices atuais de violência são os mais baixos em décadas.
Na última sexta-feira (15), autoridades de Washington ingressaram com processo contra o governo federal, classificando a medida como “tomada hostil” da polícia local e “abuso de autoridade”.
Com informações de Gazeta do Povo