O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, assinou na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, um acordo que revoga diversas leis de proteção ambiental, permitindo a expansão da exploração de petróleo e gás no país.
A medida autoriza a construção de um novo oleoduto na província de Alberta, região com grandes reservas de petróleo pesado. Com a mudança, a indústria energética local fica dispensada do cumprimento de várias normas climáticas que vigoravam até então.
Objetivo é reduzir dependência dos EUA
Segundo o governo, a decisão busca diminuir a dependência comercial em relação aos Estados Unidos após o impasse nas negociações com o retorno de Donald Trump à Casa Branca. Carney afirmou que a prioridade é viabilizar um gasoduto voltado ao mercado asiático, o que tornaria o Canadá “mais forte, independente, resiliente e sustentável”.
Repercussão política
Reportagem do New York Times indicou que o anúncio elevou a popularidade do Partido Liberal entre eleitores. Dentro do próprio gabinete, porém, houve críticas e até pedidos de renúncia por parte de alguns integrantes do governo.
Oposição de ambientalistas e províncias
Organizações ambientais, líderes indígenas e o governo da Colúmbia Britânica rejeitaram o acordo, alegando impactos negativos, já que o oleoduto deverá atravessar o território da província vizinha.
Desafios econômicos
Apesar da mudança legislativa, Carney reconheceu que a construção depende do setor privado e, no momento, não há empresas interessadas no projeto. Também não foram identificados compradores para o petróleo pesado de Alberta, porque a maioria das refinarias não está apta a processar esse tipo de combustível.
“Isso cria uma transição energética em todos os aspectos da energia, mas realmente prepara o terreno para uma transformação industrial”, declarou o premiê.
Ainda não há prazo definido para o início das obras do oleoduto.
Com informações de Gazeta do Povo