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Governo britânico fala em “ecoansiedade” e classifica clima como ameaça à saúde mental

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O governo do Reino Unido, comandado pelo primeiro-ministro Keir Starmer (Partido Trabalhista), incluiu oficialmente as mudanças climáticas na lista de riscos à saúde mental. A avaliação aparece em um guia divulgado na semana passada pela UK Health Security Agency (UKHSA), órgão de vigilância sanitária.

O documento afirma que o clima representa “uma das maiores ameaças à segurança sanitária e ao bem-estar social” do país. Segundo a agência, a exposição a eventos climáticos extremos ou o simples temor constante por questões ambientais podem gerar sofrimento emocional, ansiedade, angústia e outros transtornos psicológicos, sobretudo entre jovens.

Novos termos no glossário oficial

O relatório incorpora dois conceitos até então restritos ao debate acadêmico:

• Ecoansiedade – conjunto de sentimentos como medo, tristeza, raiva ou impotência diante da crise climática;

• Solastalgia – sofrimento provocado pela degradação ou transformação do ambiente em que a pessoa vive.

A UKHSA aponta maior incidência dessas sensações entre adolescentes e adultos jovens.

Sugestões para lidar com o problema

Para reduzir o estresse ligado ao tema, o guia recomenda práticas como yoga, atividades em grupo, encontros denominados “climate cafés” e iniciativas comunitárias focadas em compartilhar emoções ligadas ao clima. A agência afirma que essas ações podem fortalecer a resiliência psicológica.

Críticas ao documento

Em entrevista ao jornal conservador National Review, Jason Isaac, diretor do American Energy Institute, criticou a adoção de expressões como ecoansiedade e solastalgia por parte do Estado britânico. Para ele, a inclusão dos termos mostra que “a propaganda climática saiu das margens acadêmicas e entrou na formulação de políticas públicas”.

Estratégia climática mais ampla

O material integra a agenda ambiental do governo trabalhista, que prevê eletrificar totalmente a matriz energética britânica até 2030 e proibir a venda de carros movidos a combustíveis fósseis no mesmo ano.

Com informações de Gazeta do Povo